A Desconstrução do Pífio Discurso da Dita “Esquerda” no Brasil! (por José Carlos Bortoloti)

28/08/2014 17:08

Da Linguagem à Comunicação:

 

“... Se queres conversar comigo,

define primeiro os termos que usas...!”.

 

Voltaire

 

 

                                 A maioria das pessoas ditas de “direita” (conceitos inexistentes no Brasil, tanto um como outro) erra na interação com os também ditos “esquerdistas”, pois há uma tendência a um pensamento utilizado na linguagem como a usada no cotidiano – como uma ferramenta. “Esquerdista” entende a linguagem como se fosse uma “arma”, a ser usada de forma “política”, o tempo todo. Isso é claro, em qualquer interação relacionada à política pública.

                    É aqui, nesta comunicação estrategicamente planejada (por parte desta chamada “esquerda”) junto com a falta de revide em mesmo nível e também em termos de estratégia politica, que reside a maior parte do pseudo “sucesso da esquerda”.

                          A forma pela qual isso pode ser resolvido é pela compreensão de qualquer interação com o “esquerdista”, como se fosse um jogo, no qual se deve conquistar espaços na “cabeça” dos neutros e aqueles ao seu lado da plateia a partir do controle de frame (unidade de tempo em montagem de audiovisual).Dentro, é claro, dos paradigmas da suposta “guerra política.”                                                   

 

Mas quais seriam estes estratagemas:

Snark – Método de ridicularização do oponente com desqualificação do que o outro fala, fazendo uso de um quantificador de universal. Exemplo disso o Ex-presidente Lula – a técnica do “nunca antes” -   

 

Orgulho de Posição – Técnica onde alguém diz em público que sua posição deve ser “digna de orgulho”.

 

Honestidade – Rótulo positivo onde o sujeito se auto atribui honestidade. Lembre-se: Toda rotulagem é a parte do controle do Frame.

 

“Amiga” de quem sofre bullying: principio 6 da Arte da Guerra Política (se posicionar ao lado dos “oprimidos”).

 

Lançamento de Culpa – Através da falácia da “bola de neve”, ela culpa o oponente por “vidas destruídas”, por causa do bullying.

Igualdade e Liberdade – uso de rótulos a esmo, sem o menor sentido, apenas para obter o efeito psicológico na “audiência”.

 

Monopólio da Virtude – Método onde alguém diz que sua posição é inerentemente boa e, portanto, acima de julgamento.

 

Shaming – (literalmente vergonha) Uma “tacada” ao final para dizer que o sujeito é contra aqueles (feministas) que lutaram para terem liberdade.

                        Em suma, tantos métodos, rotulagens e diversas outras formas de se controlar o frame (o tempo em seu mínimo fator de quantidade), todas elas desonestas, não podem ser coincidências.

                         As palavras do “esquerdista” comprovam que “eles” têm plena noção do que está em jogo, enquanto a maioria dos oponentes, da dita “direita”, muitas vezes não reconhece a existência de um jogo.

 

Aqui entra o aforismo de Ronald Laing quando afirmou:

 Eles estão jogando um jogo. Eles estão jogando de não jogar um jogo. Se eu mostro a eles que eles estão (jogando), eu posso quebrar as regras e ser punido. Eu preciso jogar o jogo deles, de não ver que eu vejo o jogo”.

                        Este é o tipo e resposta a ser dada ao dito “esquerdista”. Claro que os leitores podem sugerir variações, mas os componentes principais estão aqui:

 

  - Não há defesa, praticamente, mas ataque, assim como o “esquerdista” havia feito. Este é o principio 3 da “Guerra da Política”, que nos diz que o agressor geralmente prevalece.

Lembre-se: Você pode se defender, mas sempre atacando.

- Acusando a oponente de banalizar o bullying, pode-se tirar o moral dela como “defensora de quem sofre bullying”.

- Posicionando o Iluminismo como merecedor dos méritos pela liberdade que temos hoje, pode-se posicionar feministas como usurpadoras de méritos alheios, o que configura hipocrisia.

- Ao posicionar o feminismo como “esquerdista” (e sempre foi), basta mostrar que o “livre mercado” é responsável pela nossa liberdade. Ou seja, se há liberdade e igualdade de direitos, existe ganho e os “esquerdistas” perdem.

- Ao mencionar a maior contagem de “mortos da história”, mostra-se que é difícil existir mais devastação do que aquela causada por aqueles que usam, hoje, o discurso do “politicamente correto”.

- Demostrar sempre que em termos éticos e morais, o oponente está em degrau inferior.

-Deve-se mostrar o orgulho pela sua “posição”.

 

Nota-se que esses são apenas alguns componentes, que devem estar embutidos nas respostas que se lança sobre eles. E tudo, como já dissesse como se fosse uma espécie de jogo.

                                   A partir do momento em que entendemos que o jogo começou tão logo em que um “esquerdista” iniciou sua dita “interação” conosco sobre qualquer gestão da “política pública”, temos que “jogar” com as regras do mesmo dito “jogo”. Mesmo que ele não saiba.

 

Eis, então, a ‘“arquitetura” dos jogos de linguagem política da dita “esquerda”:

 

  • O sucesso maior da “esquerda” ocorre quando os beneficiários, desta “esquerda”, alcançam poder a ponto de executar seu próprio poder de forma totalitária, incluindo o uso do Estado para praticar “genocídio” contra seus opositores. Este poder não fica nas mãos dos funcionais. Somente dos beneficiários, mas, por um processo “vicário”.

Exemplo: Eles não ganham nem um centavo com o “mensalão”, mas criam um estado que habilite seus “machos alfas” a ganharem muito dinheiro com o “mensalão”.

  • Enquanto não conseguem a vitória maior em (1),  jogam vários jogos, que vão obtendo maior ou menor sucesso. A vida do “esquerdista funcional” passa a ser baseada em “jogar” estes jogos, que funcionam melhor quando o “direitista” não percebeu que há “jogos” sendo jogados.
  • Cada um, destes jogos, é composto de uma série de práticas e ações, que são traduzidas em rotinas, que usam de uma ou mais técnicas de “propaganda”.
  •  

Segue a regra para a ação da “direita”, quanto aos jogos da “esquerda”.

 

  • Quanto mais distante de um totalitarismo “genocida” estiver, menos pontos ganha a “esquerda” e mais pontos ganha a “direita”. Assim como quanto mais distante de um estado “inchado” estiver mais pontos ganha a “direita” e menos pontos ganha a “esquerda”. Desta forma, enquanto os “esquerdistas funcionais” vivem como subservientes aos seus “machos alfas” o “direitista” não é subserviente a ninguém, pois lutará pelo poder do consumidor, neste caso do eleitor.

 

 

  • Para cada um dos jogos da “esquerda”, a “direita” deve tomar uma decisão: (1) Jogar o jogo; (2) neutralizar o jogo; (3) Ignorar o jogo. A primeira opção é quando o jogo não vai ao encontro de seus princípios morais. A segunda é quando o jogo se opõe a estes princípios e a terceira é a única opção que garante a derrota, Voltando às opções (1) e (2), quando o “esquerdista” joga o jogo de mentir em quantidade absoluta, a “direita” não pode jogar este jogo, pois isto conspira contra seus valores morais O melhor neste caso, é jogar um jogo alternativo que neutralize o jogo da “esquerda”.

Em resumo: Para cada jogo “fraudulento”, desmascare e isto é o ponto quando se toma a opção de neutralizar o jogo.

 

  • A mesma regra de jogar o jogo, ou neutralizar o jogo, vale para cada uma das instâncias dos jogos, portanto a cada rotina ou técnica da dita “propaganda” é preciso uma ação contrária,

 

 

Pensar não dói... Em política também não.

 

José Carlos Bortoloti é jornalista, professor de Comunicação, assina o blog E Pensar Não Dói e colabora com o Caderno de Educação

Fontes:

 

Prof. Marlon Adami

Graduado em História - Pós Graduado em Filosofia Política -  Pesquisador – Brasília – DF –

De suas publicações em:

Desconstruindo Marx - Artigo editado nos anais do I Congresso Internacional de Direito e Marxismo(2011)

Constitucionalismo Contemporâneo na América Latina - Artigo editado no II Congresso Internacional de Direito e Marxismo(2013)

Mais materiais inclusive em vídeos no blog do Prof. Marlon Adami

Em https://bunkerdacultura.blogspot.com.br/

 

 

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