ABAFADOR PARA A OMISSÃO DO PODER PÚBLICO (por Graziela Alves)

06/06/2014 21:36

 

     Algumas cidades fiscalizam e tentam evitar que a população seja constantemente incomodada por incivilizados que insistem em praticar crime de poluição sonora e perturbar o sossego e a tranquilidade alheias. A realidade na maioria das cidades não é essa, é como se a baderna fosse permitida, ninguém quer resolver problemas relacionados à poluição sonora e perturbação do sossego e da tranquilidade, o contribuinte paga impostos e quando precisa de um determinado serviço do poder público, simplesmente não tem, o que o contribuinte tem é seu sagrado direito ao sossego roubado.

     As cidades administradas por um desgoverno, que não se importa se tem gente doente, querendo estudar, precisando dormir quando incivilizados levantam a mala do carro na rua ligando som em volume ensurdecedor, deveriam distribuir abafadores de ruído, já que não fiscalizam nada mesmo. Existem vários modelos disponíveis no mercado, alguns  modelos prometem abafar ruídos acima de 100 decibéis.

    O abafador teria um duplo significado, seria uma forma do poder público abafar sua omissão nos casos de poluição sonora e perturbação do sossego e da tranquilidade e ajudaria o cidadão a ter um pouco de sossego, ainda que de uma maneira estranha usar EPI em casa, mas é tanta poluição sonora provocada por carros e aparelhos de som, que algumas residências são mais afetadas por poluição sonora do que muitas indústrias. Enquanto a poluição sonora provocada por aparelhos de som, invadem a casa e a vida das pessoas, o INMETRO, se preocupa com a emissão de ruídos em liquidificadores. Nunca soube de ninguém quem chamou o 190 por causa do barulho do liquidificador do vizinho.

       Não deve ser muito confortável passar o dia usando EPI, mas é melhor do que ouvir axé pôrno, arrocha e outros lixos sonoros que os incivilizados escutam em volume ensurdecedor nas ruas.  Fica a dica para à administração das cidades que não têm agentes para fiscalizar poluição sonora, que nunca têm decibelímetro, cidades que sempre não tem viaturas disponíveis para atender as ocorrências da contravenção penal perturbação do sossego e da tranquilidade. Literalmente é uma maneira de uma administração omissa, abafar a própria incompetência sobre o tema e ajudar o cidadão de bem a economizar, um abafador para ruídos acima de 100 decibéis custa caro, entre R$90,00, R$100,00 ou mais. O contritbuinte além de pagar impostos, ainda paga para garantir seu silêncio e sossego!