Eu achei atitude do Daniel, emocionalmente inteligente. Ele foi de uma flexibilidade que pouco se ver em situações constrangedora ou intimista que vemos por ai. Meu respeito enorme para ele. Em relação aos artistas e afins... da parte e alguns vejo muito como modismo... Dou mais apoio para aqueles jogadores que fizeram apoio ao Daniel que tb passaram pela mesma situação...
ATITUDE CONTRA O RACISMO

O uso de bananas como forma de agressão e racismo não é novidade, mas a atitude do jogador brasileiro Daniel Alves no último domingo, comendo a fruta que foi atirada em sua direção na hora em que iria bater um escanteio pelo Barcelona contra a Villareal, durante o Campeonato Espanhol, gerou uma imensa movimentação contra o racismo nas redes sociais.
Com tags #somostodosmacacos #bananaproracismo e muitas outras em apoio a Daniel, jogadores e atletas de diferentes modalidades, jornalistas, apresentadores e artistas do Brasil e da Espanha postaram fotos nas redes sociais, mostraram os lances em seus programas e comeram bananas. Uma mobilização que mostrou a indignação contra o racismo e que tem registrado vários casos nos últimos meses.
Além de levantar essa bandeira, o movimento serve para alertar sobre a necessidade de exigir punições claras, de exigir a denúncia de quem ofende, de punir quem comete o crime do racismo. Daniel Alves tirou de letra a situação, o árbitro relatou na súmula a agressão por racismo e o Villareal anunciou que identificou e baniu torcedor de partidas no estádio.
Mas isso não acontece só na Europa. O jogador Tinga foi ofendido em partida da Libertadores da América, no Peru, num campo em que muitos torcedores imitavam o som de macacos. A Comenbol apenas multou o time mandante. No Brasil, torcedores deixaram bananas sobre o carro de um árbitro no Rio Grande do Sul, mas ainda não houve punição. O racismo ainda está arraigado entre os povos e não se resolve com simples faixas pedindo Não ao Racismo, como a Fifa costuma usar.
Nós, do Caderno de Educação, que defendemos o direito de todos ao acesso ao conhecimento, lembramos que são questões como essa que justificam, por exemplo, as cotas para as minorias nas universidades públicas e benefícios em programas governamentais. Se uma pessoa que vai a um espetáculo age assim, imagina a discriminação e as desvantagens durante uma seleção de emprego.
A banana, em forma de fruta ou de gesto, é só um símbolo contra a discriminação. Mas que sirva para transformar em atitudes concretas para acabar com o racismo, um dos crimes mais humilhantes e ofensivos contra a humanidade.
Anne Coello para o Caderno de Educação
Tópico: ATITUDE CONTRA O RACISMO
Flexivel
Camila | 29/04/2014