AVALIAÇÃO CONSTANTE MELHORA QUALIDADE DO ENSINO

03/12/2013 01:59

          

            O nível do ensino superior tem melhorado nos últimos anos. É o que garante o Ministério da Educação, que nesta segunda-feira apresentou balanço da qualidade das instituições dos últimos três anos na área de humanidades, que representa 38,7% dos alunos do ensino superior no Brasil e inclui cursos de direito, psicologia e da área de comunicação social. Dados indicaram que 71,6% dos cursos apresentaram nível satisfatório, em 2009 eram 51,5%.

            O balanço é do triênio 212-2011-2010 e conta com comparação em relação ao triênio anterior. Essa avaliação é que define a abertura o fechamento de cursos e turmas, além da aprovação de programas como o Prouni (Programa Universidade para Todos) e Fies (Fundo de Financiamento Estudantil).

            A avaliação se da conforme as notas que recebem as instituições: 1 e 2 são considerados insatisfatórios e tem cursos suspensos ou ampliação de vagas canceladas; já as notas 3, 4 e 5 são consideradas satisfatórias e garantem a aprovação de benefícios, como concessão de bolsas de estudo e crédito estudantil. “Todo o sistema está avançando em direção à qualidade”, garantiu Mercadante.

            “As instituições têm de trabalhar para poder ter qualidade e receber esses benefícios”, afirmou o ministro Aloizio Mercadante. Só o Prouni concede mais de 1,2 milhão de bolsas integrais e de 50%. Estudantes que fazem o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e não conseguem vagas em universidades federais, mas são de baixa renda, acessam o ensino superior graças a esses programas. Para as instituições privadas é a garantia de alunos e recursos. Já o Fies, que financia os estudos a juros baixos e longo prazo para pagamento, também já registra mais de 1,1 milhão de contratos.

            Os dados da área de humanidades, apresentada pelo MEC e Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), foram sobre a avaliação de 8.184 cursos de 1.762 instituições nas áreas de ciências sociais aplicadas e ciências humanas, incluindo eixos tecnológicos de gestão e negócios, apoio escolar, hospitalidade e lazer, produção cultural e design.

            Os índices apresentados pelo Inep avaliam o rendimento dos estudantes (através de provas do Enade), a infraestrutura da instituição, a organização didático-pedagógica e o corpo docente (nível de mestrado e doutorado). O peso para definição vem 55% das notas dos alunos, corpo docente 30% (15% de mestres, 7,5% por dedicação integral e 7,5% por doutores) e  infraestrutura 15%.

            Entre as avaliadas com conceito 4 e 5, 33,7% são de públicas, 21,5% de privadas. Mas o volume de nota máxima (5) ainda é pequeno, cerca de 1,5%. A comemoração do MEC vem da melhoria acima de 20 pontos percentuais das aprovadas (notas 3, 4 e 5).  O Brasil tem hoje mais de 7 milhões de estudantes nas universidades, mais de 1 milhão a mais que em 2009 (5,9 milhões)

            As  que tiverem sucessivamente dois ciclos com avaliação ruim (1 e 2) terão cursos desativados, o que deve atingir cerca de 200 cursos.  Parte dos cursos não apresentam notas por não terem completado ainda um triênio de atuação (16,3%). O bom, segundo o governo, é que o volume de instituições com notas ruins diminuiu muito, passando de 27% em 2009 para 12% em 2012.

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