CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS REDUZ EXIGÊNCIA EM NÍVEL DO INGLÊS
O nível de proficiência em inglês para se candidatar a bolsa de estudos através do Ciência sem Fronteiras agora terá outro nível. As universidades estrangeiras perceberam que a exigência estava alta e consideraram que seria possível reduzir para o nível intermediário, que ainda assim os alunos brasileiros teriam condições de acompanhar bem as aulas, fazer atividades e até estágios.
A mudança tem como objetivo garantir a atração de mais jovens ao programa. Segundo informação da Agência Brasil, o programa passa a aceitar o exame First Certificate in English (FCE, Primeiro Certificado em Inglês), da Cambridge English, Antes só aceitava o Certificate in Advanced English (CAE), Certificado em Inglês Avançado, um nível acima do FCE.
A avaliação é que o índice de aprovação do FCE é maior que no CAE. Em 2012, 68,4% dos que prestara exame para nível avançado foram aprovados, enquanto no nível intermediário a aprovação foi de 76,9%.
O nível de proficiência no idioma é definido pela universidade. Segundo a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), hoje as bolsas para a Irlanda já contam com exigência de inglês intermediário.
A Cambridge English acredita que todas as universidades que trabalham com a certificação da universidade devem começar a aceitar o FCE. Para os estudantes que estão prestando o exame justamente para concorrer ao programa Ciência sem Fronteiras está sendo estudada inclusive a redução do valor do exame, que hoje é de aproximadamente R$ 400,00. Outra boa notícia é que para quem fez o exame após agosto de 2010, a avaliação terá validade.
Algumas universidades também estão aceitando pontuações menores na hora da inscrição, com a condição de realização de curso no exterior e o exame de proficiência após seis meses.
Com meta de incentivar a pesquisa e a troca de experiência internacional, o governo federal está investindo no Ciência sem Fronteiras, inclusive com programas de aprendizado da língua inglesa para auxiliar os candidatos.
INSCRIÇÕES ABERTAS - Universitários interessados em estudar no exterior têm até o final de julho para se candidatar a bolsa de estudos em universidades da Europa, Ásia e América do Norte. No total, foram oferecidas 13 mil bolsas sanduíche para 18 áreas científicas e tecnológicas.
As inscrições para as vagas na Alemanha, Estados Unidos e Japão já foram encerradas na semana passada, mas ainda há bolsas no Reino Unido, Finlândia, Coreia do Sul, Austrália e Canadá, até dia 19 de julho, e Nova Zelândia, até dia 26.
Para se inscrever, o universitário precisa ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) entre 2009 e 2012 e alcançado mais de 600 pontos. Nos editais constam exigências, como proficiência em idioma e período em curso.
Os selecionados recebem bolsa que garante o pagamento do curso, além de despesas de viagem, alimentação e hospedagem. Lançado em 2011, o programa Ciência sem Fronteiras já tem parceria com 35 países e forneceu mais de 41 mil bolsas – mais de 23 mil já viajaram, 19 mil estão no exterior e 17 mil viajam este ano.
O programa do Ministério da Educação tem como meta oferecer mais de 100 mil bolsas até 2015. Até junho, o programa implementou 29.192 bolsas em todas as modalidades de graduação, doutorado e pós-doutorado.
O intercâmbio acontece nas mais variadas áreas - como ciências tecnológicas, biomédicas, biotecnologia e várias áreas de engenharia – e pretende garantir o avanço científico dos estudantes e, consequentemente, do País, através da competitividade científica e industrial.
As bolsas são fornecidas através do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), instituições ligadas aos Ministérios da Ciência , Tecnologia e Inovação e da Educação.
Mais informações podem ser obtidas através da página https://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf