DOBRA ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO NO BRASIL

29/07/2013 19:05

          

           O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal do Brasil quase dobrou nas últimas duas décadas. Formado por avaliação de três indicadores (educação, renda e longevidade) a educação é o que mais registrou aumento, mas ainda é o menor índice dos três.

            Em relatório divulgado nesta segunda-feira (29.07) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Brasil aparece com IDHM de 0,727. O sistema de avaliação leva em conta pontuações de 0 a 1, sendo considerado  “muito baixo” números menores do que 0,499 e “alto” quando está entre 0,700 e 0,799. Acima desse índice é considerado “muito alto”.

            A evolução do Brasil foi considerada “significativa e impressionante” pela ONU (Organização das Nações Unidas) com melhoria em 47,5%, saltando de 0,493 em 1991 para 0,727 em 2010.  A Educação é a que mais cresceu, tendo aumento no índice de 128%, pulando de 0,279 para 0,637 em 2010. Ainda assim é o menor dos três: longevidade com 0,816 e renda com 0,739.

            Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante esta foi a área que mais contribuiu para a evolução do índice, já que apresentou aumento em todos os itens avaliados, especialmente no acesso dos alunos às escolas.

            De 1991 para 2010, o índice de crianças de 5 e 6 anos na escola aumentou de 37,3% para 91,1%;  o de jovens de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental foi de 36,8% para 84,9%; a taxa de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo subiu de 20% para 57,2%; e o número de pessoas de 18 a 20 anos com ensino médio passou de 13% para 41%.

           

           Apesar de ser a área que ainda necessita de mais avanço e em qual o desafio é maior, a educação pode ser considerada  exemplo de evolução. Hoje o aprendizado é entendido como importante em qualquer idade. Na década de 90, apenas 30,1% da população com mais de 18 anos havia concluído o ensino fundamental, agora o índice é de 54,9%.

            O ministro analisa que quanto maior a idade maior é a defasagem de aprendizado em relação aos jovens. “O problema é histórico e está ligado à falta de políticas públicas para o segmento. Mas a perspectiva é promissora”, afirmou Mercadante em entrevista à Agência Brasil.

            Um dos programas que visa atender esse déficit é o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), que ajuda os jovens a combinar o ensino regular com o profissionalizante, que é fundamental para a conquista de um emprego. O governo já até anunciou para agosto o SIsutec, um sistema de seleção unificada para os cursos técnicos.

            Escolaridade da população adulta é um dos índices que compõem o IDHM . O outro é o fluxo escolar da população jovem. No item educação, mais de 65% das cidades brasileiras apresentaram índices acima da média. As regiões Sul e Sudeste contam com mais da metade dos seus municípios nas faixas alta e média do índice com destaque para São Paulo, com índice de 0,719, atrás apenas do Distrito Federal (0,742).

            ATLAS BRASIL – O IDHM divulgado dia 29 de julho é apenas um dos itens do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil em 2013, que tem como objetivo mapear todos os dados recolhidos nos censos de 1991, 2000 e 2010. O projeto é um trabalho do Pnud juntamente com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro.

            Os dados de 5.565 municípios, através do Atlas, vão poder ser consultados on-line. Os institutos vão fazer o mapeamento de indicadores não somente quantitativos, mas também qualitativos, e servem principalmente para a definição de políticas públicas que melhorem o atendimento à população.