ETHOS MUNDIAL ? RESENHA DE TEXTO DE HANS KÜNG (por Marcus Phlavio)

Hoje gostaria de compartilhar uma pequena resenha da primeira parte do texto: “O ethos mundial como base para a sociedade mundial”, cujo autor é Hans Küng
Hans Küng no texto nos fala sobre a diversidade entre as culturas, nações e religiões e nos questiona se um consenso ético para a sociedade mundial não seria uma grande ilusão; já que essa mesma diversidade tem como base questões de auto-afirmação cultural, lingüística e religiosa.
Utilizando-se dos conceitos do historiador inglês Arnold Toynbee, desafios e respostas, que consiste em desafios que resultam da situação histórica atual do mundo e as respostas a estes desafios. Propondo-nos uma forma de análise de problemas a partir de uma visão diferente:
A. Perguntas e teses centrais
1) Presença de inúmeros conflitos entre crentes e não crentes nas mais diversas partes do mundo. Para tal desafio o autor nos propõe a seguinte resposta: uma aliança entre os crentes e não crentes. Deparando-se com o segundo desafio:
2) Os confrontos culturais entre as várias civilizações, por exemplo, muçulmanos e ocidentais, e mesmo de conflitos dentro das mesmas civilizações e nos apresenta como resposta a paz entre as civilizações como a paz entre as religiões. O que nos leva ao terceiro desafio:
3) Não haverá paz entre as religiões sem um diálogo entre as religiões, mesmo levando em conta suas diferenças dogmáticas e também nas diferentes ideologias modernas. Para dar conta deste diálogo responde que se faz necessário um novo ethos mundial para uma nova ordem mundial. Explica que esse novo ethos mundial não pretende ocupar ou tornar menos importante o ethos próprio de cada religião ou filosofia, apenas que seja alcançado o mínimo necessário de valores, normas e atitudes básicas que possa ser afirmado por todas as religiões e até mesmo pelos não crentes.
B. Padrões éticos universalmente válidos
Embora exista entre os filósofos um conflito sobre se é possível haver padrões éticos universais, onde um grupo defende que é impossível esse consenso, outro grupo que se dá por satisfeito com atitudes de justiças, verdade e humanitarismo no plural e ainda um terceiro grupo que se pergunta não haveria alguma coisa em comum que possa ser evidenciada como um padrão ético universal?
O autor nos leva a refletir sobre o uso da palavra ethos e padrão, que em muitas línguas pode estar associado ao conjunto de atitudes e normas morais, não se esquecendo que com as grandes diferenças entre os povos e nações não seria possível se falar de um consenso ético total. Então o que seria esse consenso ético global? Segundo o autor por mais diferenças que possam existir estamos falando de pessoas humanas, que dividem o sentimento de pertencerem ao mesmo planeta e com a preocupação com este planeta, e assim, constituir um consenso ético mínimo.
Existiria a possibilidade de nos dias de hoje, com greve, internet, fundamentalismos religiosos e políticos, o politicamente correto, termos ou construirmos um consenso ético global? O que vocês acham?
Marcus Phlavio é psicólogo e escreve as terças-feiras no Caderno no Divâ
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