Uma verdadeira metáfora da Vida Real!
Será que, mesmo sem este orgulho de seu micro-conto, nao fazemos isso, sem perceber, todos os dias? Nao abandonamos outros seres, por conta de nossa pseuda segurança?
Que genialidade para fazer o ser humano lembrar que #PensarNaoDoi.
Gratissimos por partilhar algo tão sublime.
Minha admiração
De seu fã gaúcho
Profe Borto
NÃO É PROBLEMA MEU! (por Danka Maia)
Cansado da loucura dos grandes centros urbanos um ratinho decidiu se refugiar no celeiro de uma enorme fazenda no interior de Minas Gerais. O que nosso pequeno pensava é que a hospitalidade mineira dos humanos também se refletiria nos colegas que dividiriam com ele a nova morada, entretanto, uma coisa é o que a gente acha a outra o que a gente tem que lidar. Lá no Celeiro viviam um vaca, um porco e uma galinha que não demonstraram a mínima simpatia pelo recém-morador.
Simplesmente o ignoraram e juntamente com o Fazendeiro que ao ver o ratinho entrou em pânico devido sua pequena safra de arroz e um desgaste emocional por sua esposa severamente acamada. O homem decidiu espalhar ratoeiras por toda parte, apavorado com a morte tão perto o ratinho foi a vizinha Dona Penosa, a galinha:
_Dona Penosa, pode me ajudar a retirar essas ratoeiras? Estou com medo de morrer!
Num rebate só Dona Penosa obtemperou:
_De forma alguma. Eu sou uma galinha não tenho que ter medo de ratoeiras. O problema é seu!- virando a frondosa cauda carijó e saindo a ciscar.
Mais apavorado ainda o coitadinho correu pedindo ajuda ao Seu Chico, o porco da fazenda na esperança que este o estendesse a mão amiga, quer dizer a pata amiga:
_Seu Chico, pelo amor de Deus, o dono da fazenda pôs ratoeira por todos os lados, mal posso andar, a morte é iminente! Socorra-me Seu Chico!- Depois de duas longas chafurdadas na lama o porcão levantou e com uma voz rouca o respondeu todo arrogante:
_Por que me tomas? Sou um Lorde da Lama meu caro. Sou o porco Mor deste lugar, ratoeiras não me matam, não é problema meu relis mortal!_ Voltando a ao seu gostoso banho de lama terapêutica segundo ele.
Agora só restava a Dona Mimosa, a vaca que parecia uma boa vaca.
_Dona Mimosa, a senhora é minha última esperança. Ajude-me a desmontar as ratoeiras vou morrer, estão por todos os lugares!- e que decepção, nem se justificou a Dona mimosa vou direto ao ponto.
_Não é problema meu!- e o ratinho viu a sentença de morte declarada. Naquela noite um outro rato chegou a fazenda e foi o presa fácil para dezenas de ratoeiras espalhadas pelo recinto.O fazendeiro ficou deveras contente, e para comemorar a morte daquele julgava ser seu procurado não pensou duas vezes passou a faca na Dona Penosa. Passado alguns dias, amigos e parentes vieram visitar a sua esposa que tivera uma piora repentina e ai foi à vez do Seu Chico ser o prato principal.
Outros dias e a esposa melhoraram de levantar da cama, um prodígio, ficara boa e para comemorar o milagre uma grande festa foi dada na fazenda onde todos se regozijaram desta vez com a Dona Mimosa.
Final das contas, a galinha, o porco e vaca só morreram porque ajudar o ratinho: NÃO ERA PROBLEMA DELES.
Pense meu amado leitor.
Bora domingar!
Danka Maia é professora, escritora, assina o Blog Danka Machine e escreve aos domingos no “Diálogos do Caderno”
Tópico: NÃO É PROBLEMA MEU! (por Danka Maia)
Ah, nós os humanos!
Adorável Danka! | 23/03/2014
Re:Ah, nós os humanos!
Danka Maia | 24/03/2014
Borto amigo, obrigada pelo apoio e carinho e tem toda razão: Pensar não doí!
Beijos Macanudos! (agora sei o que é! kkkkkkkkkkkkk)
Danka
PAULO SILVA | 23/03/2014
Mais uma vez La dama Machine nos fazendo pensar...Belo texto,ótima alusão! Eu o fã e sempre!
Re:Danka
Danka Maia | 24/03/2014
Paulo querido, mil beijocas pelo seu carinho sempre tão perto e sincero!
Mil beijocas!