ROBOCOP

21/02/2014 13:19

            Um diretor brasileiro, em Hollywood, com equipe brasileira e um orçamento de US$ 140 milhões. Não, não é nada parecido com 1º de abril. Calma, nem o Carnaval chegou ainda. É verdade.

            José Padilha, que dirigiu “Tropa de Elite”, levou sua equipe para Hollywood e reeditou um personagem que já se tornou clássico do cinema: Robocop, que em 1987, sob a batuta de Paul Verhoeven, era o “policial do futuro”. E continua sendo, porque o filme se passa em 2028.

            E a curiosidade e a pergunta são uma só: e como foi o desempenho de Padilha em Hollywood?

            Foi bem. Bem ao seu estilo. Violência e questões envolvendo corporações como a polícia. O argumento para o retorno de Robocop é bem simples e pouco imaginativo, mas o filme tem boa produção e cenas de ação que convencem. Nada que fique devendo ao que já estamos acostumados.

            No Robocop verde e amarelo, os Estados Unidos utilizam robôs em guerras fora do país, mas o Senado norte-americano os proíbe de serem usados em território nacional.

            A saída é colocar um policial, Alex Murphy, dentro da máquina. Dessa forma ele começa a “trabalhar” e enfrenta traficantes de armas, os colegas corruptos da própria polícia etc. Mas o policial perde parte do corpo numa explosão perto da sua casa e a saída, encontrada por um cientista, é coloca-lo numa armadura que é o suporte para a sua vida. Algo como o Cyborg para os mais antigos.

            De resto você já sabe o que esperar.

            Padilha colocou muita tecnologia contemporânea e futurista no filme, tentando distanciá-lo do clássico de 1987 que teve duas sequências, série de TV, minissérie e até revista em quadrinhos.

            Não passou vergonha.

            O filme é razoável.